A abordagem terapêutica é suave, de toque subtil, sem aplicação de técnicas manipulativas.
O tratamento dá-se de forma espontânea no corpo do paciente, de acordo com as suas prioridades e necessidades no momento presente.
O objectivo do tratamento é devolver ao corpo uma melhor expressão de saúde. O paciente não é só o seu sintoma.
O processo é calmo e simples.
A abordagem é realizada com um toque suave, sem aplicação de técnicas manipulativas ou técnicas manuais sobre o tecido.
O diagnóstico é feito com um método baseado em percepção e o objectivo do tratamento é melhorar o estado de saúde do paciente na sua globalidade.
O tratamento dura em média 30min. Dependendo do paciente, dos seus recursos metabólicos (Reserva Funcional) e das suas necessidades, o tratamento pode tardar mais, ou menos.
Durante a sessão criam-se as condições no paciente para que o corpo decida e possa tratar-se. Há um plano inerente de tratamento. É o próprio corpo do paciente quem se trata no momento presente.
Todo o tratamento se processa de acordo com as prioridades do sistema e a reserva funcional (recursos metabólicos) disponível. A força curativa sabe onde tratar e o que priorizar para restaurar a saúde no paciente.
O tratamento termina, o fluido acalma-se e surge um estado mais neutro no sistema.
O paciente descansa enquanto integra o plano de tratamento que o corpo acaba de realizar.
A maioria dos pacientes tem como referência os sintomas que os trazem à consulta. O sintoma é, com certeza, um signo ou indicador, mas o paciente pode estar a melhorar mesmo sem o desvanecimento imediato do sintoma, naturalmente.
Por outro lado, que desapareça o sintoma pelo qual o paciente se vem tratar também não significa que lhe tenha sido devolvido o seu estado saudável no imediato.
O paciente é tratado por inteiro tendo sempre em conta o Princípio de Totalidade - indivisível natureza do organismo humano e deste com o seu entorno. O nosso embrião é uma totalidade.
“I’m treating to restore health. I’m not treating to correct the problem. In treating this way, I have opened the doors for the body to try to do what it wants with it’s own living forces.”
- Dr. Rollin Becker
"Fluid issue feels like tissue." - W.G. Sutherland
Esta é a frase que o Dr. Sutherland escolheu para nos transmitir que o fluido se pode lesionar e as alterações criadas têm uma expressão, que o osteopata pode sentir com as suas mãos.
Na óptica Biodinâmica a lesão não é algo imóvel que tem de se corrigir com uma abordagem directa sobre a mesma. A lesão apresenta uma actividade dinâmica, com um movimento inerente e ao qual se pode aceder.
A lesão é vista como um processo vital, inteligente e dependente da totalidade na qual está instalado o Campo Lesional do paciente.
O Campo Lesional é visto desde a facilidade adaptativa do sistema e da sua capacidade inerente de cura. Não numa perspectiva de lesões interarticulares e segmentárias, como se analisaria numa abordagem de acção mecânica sobre o tecido.
Tem que haver, no organismo, recursos metabólicos suficientes para que este se possa curar de uma lesão (ou conjunto de lesões). De outra forma, o tratamento nem se pode efectuar de forma profunda até se resolver esta prioridade.
A primeira coisa a fazer, sobretudo em primeiras sessões, é perceber se o metabolismo do paciente pode trabalhar. Perceber o estado do que, em Osteopatia Biodinâmica, se designa por reserva funcional.
Os problemas na reserva funcional, ou a falta de potencial de acção, costumam ser a causa de problemas multissistémicos por excelência, tanto durante a infância, como na fase adulta. Síndromes de PFAPA, problemas articulares, infecções repetitivas, problemas autoimunes, lesões que não terminam de curar-se, etc. costumam ter uma relação directa com uma falta de consecução metabólica do organismo para tratar o(s) problema(s).
Uma das principais causas de problemas na Reserva Funcional do organismo são as lesões de First Breath. Além dos vários problemas multissistémicos, esta lesão faz com que o organismo trabalhe aquém da sua plenitude e é uma das mais comuns em primeiras visitas.
É no fluido, nesse espaço funcional, que se encontra a sustentação, a forma e os recursos da pessoa "completa".
Tendo em conta a subtileza do tratamento, maior ou menor percepção, por parte do paciente, resulta em maior ou menor sensação de tratamento durante a sessão.
Pacientes mais perceptivos sentem melhor as alterações que ocorrem durante a sessão e habitualmente sentem-se tratados mesmo que os sintomas não desvaneçam logo após a sessão.
Pacientes menos perceptivos têm tendência a focar-se mais nos sintomas, porque não sentem as alterações que ocorrem durante o tratamento. Por norma, quando os sintomas diminuem nitidamente após a sessão, costumam ficar muito surpreendidos e ainda que possam não ter ainda o seu estado saudável devolvido, sentem-se já tratados.
O tratamento dá-se e, de uma forma ou de outra, o organismo é reinformado.